Eleições 2024: Seis Municípios em Pernambuco Podem Ter 2º Turno e Alguns Devem Ser Acirrados: Conheça o Cenário

Joquar Stymish
Joquar Stymish
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O estado de Pernambuco apresenta um cenário político peculiar nas maiores cidades, com seis municípios com mais de 200 mil eleitores que podem ter disputa de 2º turno nas eleições deste ano, caso nenhum dos candidatos supere os 50% dos votos válidos. Esses municípios são Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Paulista, Caruaru e Petrolina.

A disputa em Recife pode ser liquidada no 1º turno, algo que não ocorre desde a reeleição de João Paulo (PT), há 20 anos. Em Olinda, a jovem Mirella Almeida (PSD) surge como nome forte para estar no 2º turno, com a força de uma máquina municipal que mantém relações estreitas com lideranças comunitárias. Vinicius Castello (PT) também chega forte, tendo unido em torno de sua candidatura os partidos de esquerda da cidade.

Em Paulista, o cenário está aberto. O prefeito Yves Ribeiro (PT) desistiu da reeleição alegando problemas de saúde e o PT apoiou a candidatura de Francisco Padilha (PDT). No entanto, o atual prefeito não seguiu o partido e correu para as asas da governadora tucana Raquel Lyra (PSDB), reforçando a campanha de Ramos Santana (PSDB).

Em Jaboatão dos Guararapes, o prefeito Mano Medeiros (PL) é o candidato oficial de Bolsonaro, mas ainda não assumiu. Ele tem a força da máquina municipal, mas tem contra si o desgaste de estar na gestão e o fato de ter chegado lá sem ser testado nas urnas. Clarissa Tércio (PP) e Daniel Alves (Avante) também disputam a base evangélica, que é forte em Jaboatão.

Em Caruaru, a disputa também é equilibrada. O prefeito Rodrigo Pinheiro (PSDB) tem a máquina municipal nas mãos e conta com o apoio da governadora Raquel Lyra (PSDB). Seu principal adversário é Zé Queiroz (PDT), que conta com apoios do PT e PSB, além de ter conseguido desfalcar o time da governadora.

Em Recife, as pesquisas de intenção de voto colocam o atual prefeito João Campos (PSB) variando entre 65% e 70% das intenções de voto. Além de ter a máquina pública em mãos, uma boa avaliação e a maioria dos vereadores, Campos integra o partido com maior penetração no estado, é herdeiro político de Eduardo Campos, fez as pazes com a prima Marília Arraes (Solidariedade) e terá o presidente Lula (PT) em seu palanque.

Em Petrolina, o prefeito Simão Durando (União Brasil) também desponta como franco favorito. Ele tem a máquina municipal, ampla maioria de vereadores, uma coligação ampla e, longe de ser menos importante, Simão tem o apoio da família Coelho, que domina a política na região há décadas.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou os limites de gastos para candidatos majoritários (prefeitos) e proporcionais (vereadores). No Recife, os candidatos à prefeitura podem gastar até R$9 milhões e 776 mil, enquanto um candidato a vereador pode investir R$1 milhão e 313 mil na campanha.

Esses limites variam de acordo com a cidade, com Olinda tendo um teto de R$1 milhão e 879 mil para campanhas majoritárias e R$136 mil para vereadores. Em Jaboatão, o limite é de R$1 milhão e 648 mil para quem disputa a prefeitura e R$180 mil para quem disputa a câmara municipal. E no Paulista, os candidatos podem investir até R$1 milhão e 543 na campanha de prefeito e R$72 mil na corrida pela vereança.

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