As eleições de 2024 em Pernambuco apresentam um cenário intrigante, com seis municípios com mais de 200 mil eleitores que podem ter segundo turno. Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Paulista, Caruaru e Petrolina são as cidades em questão. A disputa em Recife pode ser decidida já no primeiro turno, algo que não ocorre há duas décadas, desde a reeleição de João Paulo (PT).
Em Olinda, a situação é bastante competitiva. O atual prefeito, Lupércio Nascimento (PSD), tenta emplacar sua sucessora, Mirella Almeida (PSD), que se destaca por sua conexão com a comunidade. No entanto, Vinicius Castello (PT) também se apresenta como um forte candidato, unindo partidos de esquerda em sua campanha. A disputa ainda conta com Izabel Urquiza (PL), que busca reverter um histórico de derrotas, e Antônio Campos (PRTB), que tenta capitalizar sobre sua linhagem familiar.
A cidade de Paulista também apresenta um quadro incerto. O prefeito Yves Ribeiro (PT) desistiu da reeleição, levando o partido a apoiar Francisco Padilha (PDT), que já teve um desempenho significativo em 2020. Por outro lado, o ex-prefeito Junior Matuto (PSB) tenta recuperar sua imagem após um afastamento por corrupção, enquanto Ramos Santana (PSDB) e Lívia Álvaro (PP) também buscam espaço na disputa.
Em Jaboatão dos Guararapes, o atual prefeito Mano Medeiros (PL) enfrenta desafios, já que sua gestão é marcada por desgaste. Ele deve competir com Clarissa Tércio (PP) e Daniel Alves (Avante), enquanto Elias Gomes (PT) se posiciona como um candidato forte, aproveitando sua experiência anterior na prefeitura. A disputa promete ser acirrada, especialmente entre os candidatos bolsonaristas.
Caruaru também apresenta um cenário equilibrado. O prefeito Rodrigo Pinheiro (PSDB) conta com o apoio da governadora Raquel Lyra, mas enfrenta a concorrência de Zé Queiroz (PDT), que conseguiu formar uma coalizão significativa. Outros candidatos, como Michele Santos (PSOL) e Armandinho (Solidariedade), também buscam uma vaga no segundo turno, mas com menos chances.
Na capital, Recife, o atual prefeito João Campos (PSB) é amplamente favorecido nas pesquisas, com intenções de voto variando entre 65% e 70%. Ele conta com o apoio de Lula (PT) e uma base sólida na câmara municipal. A oposição, por sua vez, é composta por candidatos de direita e esquerda, incluindo Gilson Machado (PL) e Dani Portela (PSOL), que tentam conquistar espaço.
Em Petrolina, o prefeito Simão Durando (União Brasil) também é considerado um forte candidato, apoiado pela influente família Coelho. A oposição, composta por ex-prefeitos e novos candidatos, enfrenta dificuldades para se destacar. Julio Lóssio (PSDB) e Odacy Amorim (PT) tentam conquistar a confiança do eleitorado, mas com desafios significativos.
Por fim, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabeleceu limites de gastos para as campanhas. Em Recife, os candidatos a prefeito podem gastar até R$9,7 milhões, enquanto em Caruaru e Petrolina os limites são de R$3,8 milhões e R$3 milhões, respectivamente. Esses valores refletem a importância das campanhas e a competitividade nas eleições deste ano em Pernambuco.