Renzo Bahury de Souza Ramos

Navegando pelas novas águas tributárias: como a reforma impacta o planejamento sucessório

Joquar Stymish
Joquar Stymish
5 Min Read
Renzo Bahury de Souza Ramos

Como enfatiza o tributarista Renzo Bahury de Souza Ramos, a recente reforma tributária, com a introdução da Emenda Constitucional 132/23, trouxe mudanças significativas que afetam diretamente o planejamento sucessório no Brasil. Com a nova legislação, a forma como o Imposto sobre Transmissão “Causa Mortis” e Doação de quaisquer bens e direitos (ITCMD) é calculado será alterada, tornando essencial que os planejadores sucessórios se ajustem a essas novas regras. Entender o impacto dessas mudanças é crucial para otimizar a divisão dos bens e antecipar o pagamento de impostos.

Leia para saber mais!

Como a reforma tributária afeta o cálculo do ITCMD?

A Emenda Constitucional 132/23 modifica o cálculo do ITCMD, introduzindo um sistema progressivo em vez da alíquota fixa anteriormente estabelecida. De acordo com a nova regra, o imposto será calculado com base em uma tabela progressiva que varia de 2% a 8%, dependendo do valor dos bens transmitidos. Conforme explica Renzo Bahury de Souza Ramos, isso representa uma mudança significativa em relação à lei anterior, que aplicava uma alíquota única de 4% para todos os casos, exceto nas situações de isenção.

Essa mudança implica que, para grandes patrimônios, o imposto pode aumentar consideravelmente. O planejamento sucessório deve levar em conta essas novas alíquotas para evitar surpresas financeiras e para garantir que a distribuição do patrimônio seja feita da forma mais eficiente possível. A necessidade de ajustar as estratégias de planejamento é agora mais evidente, com a introdução de uma tabela que reflete a progressividade do imposto.

Qual o impacto das novas alíquotas sobre os grandes patrimônios?

Com a nova legislação, estados como São Paulo estão ajustando suas alíquotas de ITCMD para refletir a progressividade estabelecida pela reforma. Um projeto de lei em trâmite pretende ajustar a alíquota de 4% para uma faixa que varia de 2% a 8%, conforme o valor dos bens. Essa mudança pode resultar em um aumento significativo do imposto para grandes patrimônios, tornando essencial que os planejadores sucessórios revisem suas estratégias.

Além disso, a discussão sobre a elevação do teto da alíquota para até 16%, conforme o projeto de resolução nº 57 de 2019, adiciona uma camada extra de complexidade. Como elucida Renzo Bahury de Souza Ramos, é importante que os gestores de patrimônio estejam cientes dessas possíveis mudanças e se preparem para um cenário fiscal mais oneroso, garantindo assim que a carga tributária seja minimizada de forma eficiente.

Como otimizar o planejamento sucessório diante das mudanças?

Diante das novas exigências fiscais, é fundamental adotar estratégias de planejamento sucessório que considerem a progressividade do ITCMD. Opções como doações antecipadas ou a constituição de holdings podem ser eficazes para reduzir a carga tributária e facilitar uma distribuição mais equitativa do patrimônio. De acordo com o tributarista Renzo Bahury de Souza Ramos, essas estratégias não apenas ajudam a minimizar os impostos, mas também proporcionam uma gestão mais eficiente do patrimônio familiar.

A reforma tributária destaca a importância de um planejamento sucessório bem estruturado e adaptado às novas realidades fiscais. Com as mudanças previstas, a antecipação e a adaptação das estratégias são essenciais para garantir que a distribuição dos bens e o pagamento de impostos sejam realizados de forma otimizada, prevenindo impactos financeiros indesejados para os sucessores.

A importância de atualizar o planejamento sucessório

Em resumo, a reforma tributária, ao introduzir a progressividade no cálculo do ITCMD, traz mudanças significativas para o planejamento sucessório no Brasil. A nova tabela de alíquotas, que varia de 2% a 8%, exige uma reavaliação cuidadosa das estratégias utilizadas na administração e transmissão de bens. Com a possibilidade de aumento substancial da carga tributária, especialmente para grandes patrimônios, torna-se crucial que os planejadores sucessórios adaptem suas abordagens para otimizar a divisão dos bens e minimizar o impacto financeiro.

Atualizar o planejamento sucessório à luz das novas regras fiscais não é apenas uma necessidade, mas uma oportunidade de garantir uma gestão mais eficiente e econômica do patrimônio. A implementação de estratégias como doações antecipadas e a constituição de holdings pode proporcionar uma significativa economia de impostos e uma distribuição mais justa dos bens. Assim, enfrentar as mudanças legislativas com um planejamento bem estruturado é essencial para proteger o patrimônio e assegurar que a transferência de riqueza entre gerações seja feita da forma mais vantajosa possível.

Share This Article