Maurício Cerginer

Como a revolução da mobilidade transforma investimentos imobiliários em Portugal 

Joquar Stymish
Joquar Stymish
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Maurício Cerginer

Segundo o conhecedor Maurício Cerginer, a mobilidade urbana tem se tornado um dos temas mais discutidos nas grandes cidades do mundo, e Portugal não é exceção. Com a crescente preocupação com a sustentabilidade, a acessibilidade e a qualidade de vida, as mudanças nas infraestruturas de transporte urbano têm afetado diretamente o mercado imobiliário do país. 

Desvende aqui como a mobilidade urbana está moldando o mercado imobiliário em Portugal e quais são suas implicações para compradores, vendedores e investidores.

Como os investimentos em transporte público influenciam o mercado imobiliário?

Nos últimos anos, Portugal tem investido fortemente na melhoria e expansão do transporte público, especialmente nas grandes cidades como Lisboa e Porto. Com a construção de novas linhas de metrô, a expansão das redes de ônibus e a implementação de sistemas de bicicletas compartilhadas, a mobilidade tornou-se mais eficiente e acessível. Esses investimentos impactam diretamente o mercado imobiliário, pois áreas próximas a estações de transporte público tornam-se mais valorizadas.

Além disso, a melhoria da mobilidade urbana também resulta em uma maior diversificação no mercado imobiliário. Como Maurício Cerginer aponta, a valorização das áreas de fácil acesso ao transporte público atrai novos moradores e investidores, estimulando o desenvolvimento de novos projetos imobiliários. Isso também pode reduzir a pressão sobre os bairros centrais, permitindo uma descentralização mais equilibrada da população e aumentando a oferta de imóveis em áreas periféricas.

De que maneira a mobilidade sustentável está alterando o perfil de compra de imóveis?

Conforme Maurício Cerginer expõe, a crescente conscientização sobre questões ambientais tem levado a um aumento na demanda por soluções de mobilidade sustentável, como carros elétricos e veículos compartilhados. Em Portugal, as cidades estão se adaptando a essa tendência com a criação de mais espaços para o uso de bicicletas, a instalação de estações de carregamento de carros elétricos e a promoção de soluções de transporte compartilhado. 

Os compradores de imóveis estão cada vez mais buscando locais que ofereçam facilidades para o uso de transportes alternativos, como bicicletas e veículos elétricos, além do transporte público. Esse comportamento está incentivando os desenvolvedores a incluir, em seus projetos, opções de mobilidade que atendam às necessidades desses novos moradores. Assim, a sustentabilidade deixa de ser apenas uma preocupação ambiental e passa a ser um critério decisivo na escolha de imóveis.

Como as mudanças na mobilidade urbana afetam os preços dos imóveis?

A melhoria da mobilidade urbana tem um impacto direto nos preços dos imóveis. Com a implementação de sistemas mais rápidos e eficientes, bairros mais afastados dos centros urbanos, mas bem conectados ao transporte público, tendem a ter seus valores imobiliários elevados. Como Maurício Cerginer menciona, isso ocorre porque os moradores percebem uma melhor relação custo-benefício ao escolherem imóveis em regiões mais distantes, mas com acesso rápido e fácil ao centro da cidade.

Além disso, a construção de novas infraestruturas, como ciclovias e estações de transporte sustentável, pode gerar uma valorização significativa de imóveis próximos a esses pontos. O aumento da mobilidade, portanto, amplia as possibilidades de escolha para os compradores, o que pode gerar uma maior competitividade no mercado e, consequentemente, influenciar os preços das propriedades.

Por fim, a mobilidade urbana está desempenhando um papel crucial no mercado imobiliário em Portugal, transformando as escolhas de localização, os tipos de imóveis procurados e até os preços de mercado. Para o entendedor do assunto, Maurício Cerginer, com a mobilidade urbana se tornando cada vez mais central na vida das pessoas, é provável que suas implicações no mercado imobiliário se intensifiquem nos próximos anos.

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